Um talvez assumido

Perdoa-me se não consegui perceber...
Se estavas mesmo aqui e eu distraído pelos devaneios da idade preferi ver-te quando quis escolhi o caminho mais fácil sem preocupações,sem desejos assolapados nem paixões que me tirassem o chão...
Não me arrependo um dia,tens de saber,por ter-me escolhido...Fico comigo nunca sozinho não vivo de ti...Preciso mais do meu chão do que do desassosego que me dás...preciso mais do ar puro que me entra todos os dis pela janela do que sentir todos os cheiros ao mesmo tempo quando está por perto tirando-me certezas,roubando-me aquelas que outrora foram as minhas alegrias.
Perdoa-me mas escolho o chão...o chão ás nuvens que me possas dar...prefiro a terra sem sabor,áspera debaixo dos pés aquela que me alimenta ...escolho-a a ela que me dá a certeza que amanhã também posso ser mais feliz.Deixa-me pensar que és um desvio ao meu caminho;um trilho que posso ou não seguir...talvez esteja á espera que me obrigues a escolher por ti no lugar de me escolher a mim...que me tires o chão que me dês a lua sempre que sorris para logo ma tirares e com elas as estrelas do meu céu sempre tão bonito a aspirar o bom tempo...talvez esteja á espera da tempestade que o teu cheiro trás.
Talvez só esteja á espera...de me apaixonar como nos os romances que não gosto de ler...talvez o meu romance sejas tu...Posso ser eu a escolher?