quinta-feira, 28 de agosto de 2008

BORBOLETA


"se eu largar eu sinto a sua falta

se eu agarrar ela perde a cor,

ela nao e dos meus dedos

e dos meus medos

e faço-m passar por uma flor

tento imaginar o q ela diz

à espera d aprender

à face da rua existe lua

mas nao e tua

á margem da estrada naao ha nada

mas ja te agrada

tu es o teu mundo

tu es o teu fundo

tu es o teu poço

es o teu pior almoço

es a pulga na balança

es a mae dessa criança

es o mal

es o bem

es o dia que nao vem

agora para de fazer sentido

nao vez que assim estas a pisar fora da estrada

ve se agora paras de fazer sentido

de uma vez

nao ves que ninguem mais te dira

do que nao nos diz nada

ve que o meu coraçao ainda salta

quer e julga ser capaz

nao o faça por meus medos

faça nos meus dedos

e eu fico a ver o que ele faz

sem imaginar o que eu nao fiz

a espera de viver,

a face da chama existe a fama

mas nao te ama

a margem do nada nao ha estrada

ja nao te agrada

tu es o teu preço

es a tua gloria

tu es o teu medo

es a parte uma da historia

ve que o sol ainda brilha

ainda tem por onde arder

nao e mau

nao e bom

sao razoes para viver

se eu largar vou sentir a sua falta

tu es tu sempre que tu es

es mesmo tu quando pensas que es outra coisa

e tu pensas que nao mas tu es mesmo bom a ser sempre quem es

dai o teu motivo ser inapagavel dai o teu desejo ser incontornavel

o prazer e tao maleavel

dai o seu valor ser inestimavel


a razao de existir de um poeta é"


MANEL CRUZ